Cidadãos italianos manifestam-se em frente ao Coliseu após intercepção de flotilha humanitária por Israel.
Milhares de pessoas foram às ruas de Roma no sábado (4 de outubro), para o quarto dia consecutivo de fortes protestos pró-Palestina. As manifestações foram desencadeadas pela recente intercepção da flotilha humanitária Global Sumud, cujos ativistas e carga foram detidos por forças israelitas.
Organizadores esperavam reunir cerca de um milhão de participantes, o que gerou uma forte presença de segurança nas imediações do Coliseu. No dia anterior, sindicatos italianos convocaram uma greve geral em solidariedade com Gaza, alegando uma participação superior a dois milhões de pessoas. O governo, por outro lado, estimou cerca de 400 mil manifestantes.
A primeira-ministra Giorgia Meloni criticou os protestos, afirmando que alguns manifestantes usaram os eventos como pretexto para faltar ao trabalho. Também condenou atos de vandalismo, como pichações num monumento ao Papa João Paulo II atribuídas a participantes dos protestos.
A situação reflete uma crescente tensão no panorama internacional, em que manifestações de solidariedade a Gaza intensificaram-se em várias capitais européias após a ação conduzida por Israel.