Trump volta a desafiar Pequim e ameaça encerrar negócios, citando até o comércio de óleo de cozinha
A tensão entre os EUA e a China voltou a subir de tom.
Num comício no Texas, o presidente norte-americano Donald Trump deixou o aviso: “Alguns negócios com a China vão acabar, e talvez comecemos pelo óleo de cozinha.” A frase, aparentemente banal, fez soar alarmes nas capitais mundiais e reavivou o fantasma de uma nova guerra comercial.
As relações entre Washington e Pequim já vinham frágeis. Nos últimos meses, o governo norte-americano endureceu restrições a empresas chinesas, sobretudo nas áreas da tecnologia e da segurança nacional. Agora, Trump parece querer dar um passo mais ousado — reduzir a dependência dos produtos chineses e reforçar o discurso da “autossuficiência americana”, tema central na política interna norte-americana.
Especialistas em comércio internacional alertam que o impacto de uma nova escalada poderá ser sentido em todo o mundo.
“Mesmo produtos simples, como o óleo alimentar, fazem parte de uma cadeia de abastecimento global extremamente interligada”, explica um analista ouvido pela Reuters. Uma decisão política nos EUA pode significar aumento de preços nos supermercados europeus ou atrasos na indústria alimentar.
Em Pequim, a resposta foi contida mas firme. O Ministério dos Negócios Estrangeiros pediu “respeito mútuo” e avisou que a China “não deixará sem resposta” qualquer tentativa de bloqueio comercial. Traduzindo: se os EUA avançarem com tarifas ou sanções, a retaliação será imediata.
Apesar da tensão, diplomatas dos dois países estão a tentar acalmar os ânimos através de canais discretos. Ainda assim, o mercado financeiro reage com nervosismo — o preço do petróleo subiu e as bolsas asiáticas abriram em queda.
No fundo, ninguém quer ver repetir-se o cenário de 2018, quando o mundo assistiu a uma guerra de tarifas que travou o crescimento económico global.
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Fonte oficial:
• NDTV