Rússia–Ucrânia: novo intercâmbio de ataques de mísseis após reunião Putin–Trump ter sido cancelada

Escalada militar aumenta após cancelamento inesperado da reunião entre líderes

Um novo intercâmbio de ataques de mísseis entre a Rússia e a Ucrânia intensificou o conflito, apenas horas depois de ter sido cancelada a reunião prevista entre Vladimir Putin e Donald Trump. A reunião, que seria a primeira entre ambos desde 2018, pretendia abordar temas como segurança global e o futuro das sanções.

Fontes diplomáticas confirmam que o encontro foi suspenso devido a “condições políticas desfavoráveis” e à falta de consenso sobre o formato das negociações. O anúncio gerou reações imediatas em Moscovo e Kiev, onde o ambiente já era tenso devido à escalada militar das últimas semanas.

Bombardeamentos e retaliações

Nas primeiras horas da manhã, sirenes soaram em várias cidades ucranianas após uma série de mísseis russos terem atingido infraestruturas críticas nas regiões de Dnipropetrovsk e Kharkiv. Segundo as autoridades locais, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas e várias zonas industriais foram danificadas.

Em resposta, as forças ucranianas afirmam ter lançado ataques de precisão contra alvos militares russos em Belgorod e Kursk. O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, declarou que “todos os mísseis inimigos foram intercetados”, classificando as ações de Kiev como “provocações coordenadas com apoio ocidental”.

Reações internacionais

O Departamento de Estado norte-americano lamentou o cancelamento da reunião Putin–Trump, sublinhando que “a diplomacia continua a ser o único caminho viável para pôr termo ao conflito”. Já a União Europeia apelou à contenção imediata, reforçando o apoio humanitário à Ucrânia e preparando novas medidas de sanções económicas.

Especialistas em política internacional consideram que o cancelamento agrava a perceção de isolamento diplomático da Rússia, num momento em que o país enfrenta dificuldades económicas e pressão crescente no campo de batalha.

Contexto e possíveis cenários

Desde o início da invasão em 2022, ambos os lados têm alternado períodos de ofensivas intensas e tentativas falhadas de diálogo. Analistas alertam que a ausência de canais diretos de comunicação entre Moscovo e Washington poderá prolongar o conflito e aumentar o risco de incidentes regionais graves.

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Fonte oficial:
Reuters