Primeiro-ministro confirma balanço provisório; operações de resgate e restabelecimento avançam no sudoeste da ilha
O Furacão Melissa deixou um rasto de perda e silêncio pesado na Jamaica. O Governo confirma, para já, pelo menos 28 mortos depois da passagem do ciclone de categoria 5, que atingiu com mais força as paróquias do sudoeste. Dias depois, as equipas ainda cortam árvores, desobstruem acessos e tentam reerguer a eletricidade e as redes de água — enquanto apoiam famílias que ficaram sem casa.
A violência do vento, a chuva incessante e as cheias repentinas transformaram estradas em rios e bairros em ilhas. Em St. Elizabeth, Westmoreland e Manchester, há troços onde circular continua difícil; pontes cederam, postes tombaram, linhas de comunicação foram arrastadas. Hospitais e centros de saúde trabalham com geradores e soluções de recurso, à medida que técnicos substituem telhados e recuperam equipamento danificado.
A ferida sente-se também no campo: plantações de banana, cana-de-açúcar e hortícolas ficaram devastadas, aumentando a pressão sobre o abastecimento local. O Ministério da Agricultura já faz o primeiro levantamento para acionar apoios de emergência e preparar a recuperação. As autoridades pedem prudência a quem regressa a casas danificadas e alertam para riscos elétricos e sanitários ligados às águas paradas.
Com a declaração de desastre nacional, Defesa, Proteção Civil e serviços de saúde coordenam buscas, salvamento e ajuda humanitária — água potável, kits de higiene, alimentos e abrigos temporários — com o apoio de organizações regionais e internacionais. Os voos comerciais começam a retomar, mas as ligações internas e as escolas reabrem de forma faseada, conforme a segurança o permita.
O balanço ainda pode agravar-se à medida que as equipas chegam a zonas remotas. Para já, a prioridade é clara e repetida pelo Governo: salvar vidas, restabelecer serviços essenciais e não deixar ninguém para trás
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Fonte oficial:
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