PSD vence eleições autárquicas de 2025 e conquista 136 câmaras

Partido Social Democrata ultrapassa PS nas autárquicas de 12 de outubro e reforça liderança local com vitórias em todo o país

As eleições autárquicas de 2025 confirmaram o PSD como o grande vencedor, ao conquistar 136 câmaras municipais e recuperar a liderança nas autarquias portuguesas. Num ato eleitoral marcado por forte concorrência e alguma apatia nas urnas, o partido de Luís Montenegro conseguiu inverter a tendência dos últimos anos e reconquistar terreno em todo o território nacional.

Realizadas a 12 de outubro de 2025, as eleições autárquicas mobilizaram mais de 9,3 milhões de eleitores, com uma taxa de participação de 56,6 % — ligeiramente superior à de 2021.
O PSD, sozinho ou em coligação com o CDS e a Iniciativa Liberal, obteve 35,4 % dos votos nas Câmaras Municipais, consolidando-se como a principal força do poder local.

O PS ficou em segundo lugar, com 34,6 %, perdendo 21 câmaras face a 2021.
Já o CHEGA, com 11,9 %, conquistou pela primeira vez três presidências de câmara, enquanto a CDU (PCP-PEV) manteve 12, mas perdeu influência em bastiões tradicionais.

Em Lisboa, Carlos Moedas foi reeleito presidente da Câmara Municipal, com 41,69 % dos votos, à frente da socialista Alexandra Leitão, que prometeu “uma oposição firme e construtiva”.
No Porto, a disputa foi renhida entre Pedro Duarte (PSD/CDS/IL) e Manuel Pizarro (PS) — ambos elegeram seis vereadores, num resultado que antevê uma governação exigente.

O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou que “os portugueses confiaram no PSD para governar melhor as suas terras”, destacando “a força da proximidade e do trabalho autárquico”.
O PS reconheceu a derrota, mas salientou que manteve “uma base sólida de governação local”.

Apesar das mudanças políticas, a abstenção de 40,7 % continua a preocupar: quase metade dos eleitores optou por não votar.
Nas próximas semanas, deverão iniciar-se negociações locais para assegurar maiorias e acordos de gestão em dezenas de câmaras onde nenhum partido obteve maioria absoluta.

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Fonte oficial:

Comissão Nacional de Eleições (CNE)