Centrais sindicais convocam greve geral após marcha em Lisboa contra o pacote laboral, pressionando Governo a rever propostas
A greve geral foi marcada para 11 de dezembro de 2025, numa decisão anunciada pela CGTP e acompanhada pela UGT, após a marcha nacional deste sábado em Lisboa contra o pacote laboral do Governo. A greve geral será a primeira paralisação conjunta das duas centrais em mais de uma década.
A manifestação encheu a Avenida da Liberdade e terminou nos Restauradores, onde o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, confirmou a greve geral e apelou à mobilização. O Governo respondeu lembrando que as alterações ainda estão a ser discutidas em concertação social.
A convocatória surge no culminar de semanas de contestação ao pacote laboral, que sindicatos consideram facilitar despedimentos e agravar a precariedade. Entre as reivindicações, mantém-se a exigência de atualização salarial e a defesa de direitos laborais adquiridos. Em setembro, a CGTP já defendia uma subida do salário mínimo para 1.050 € em 2026.
O que está em causa
As centrais acusam o pacote laboral de abrir porta a renovação ampliada de contratos a prazo, limitar o exercício do direito à greve e recuar em proteções a trabalhadores mais vulneráveis, incluindo medidas sobre parentalidade. A CGTP fala num “ataque” aos direitos e promete “elevar e ampliar a luta organizada” até dezembro.
Calendário e próximos passos
Até 11 de dezembro, os sindicatos vão realizar plenários e ações setoriais para preparar a paralisação. No plano político, o Executivo de Luís Montenegro sinalizou disponibilidade para continuar a negociar em sede própria, mas critica o anúncio de greve nesta fase do processo.
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Fonte oficial:
• CGTP-IN