Hora muda já: 26 de outubro — porque importa em Portugal

Manhãs mais claras e rotinas mais seguras para famílias e escolas

A hora muda no último domingo de outubro e, em Portugal, isso sente-se logo ao acordar. Ao ajustar os relógios, ganhamos luz matinal no inverno — o que ajuda no despertar, torna as deslocações mais seguras e melhora o rendimento nas primeiras horas do dia.

Na madrugada de domingo, 26 de outubro de 2025, passamos para o horário de inverno (UTC+0/WET): no continente e Madeira 02:00 → 01:00; nos Açores 01:00 → 00:00. Esta hora legal aproxima-nos do chamado tempo solar “natural”.

A mudança surgiu por razões históricas (poupança e coordenação entre países), mas hoje o argumento é sobretudo prático e de saúde pública: com mais luz de manhã, o corpo alinha melhor o relógio biológico, as crianças chegam menos sonolentas às primeiras aulas e as rotinas matinais tornam-se mais seguras. Em troca, as tardes ficam um pouco mais escuras — um preço que muitos especialistas consideram justo para proteger as manhãs.

No pico do inverno, o nascer do Sol no continente ronda 07h50–08h05. Com a hora de inverno, a entrada na escola e no trabalho já acontece com luz natural ou crepúsculo. Se mantivéssemos “verão permanente” (UTC+1), os amanheceres empurravam-se para perto das 09h00: mais escuridão, mais sonolência e maior risco nas deslocações.

Há também a questão do tempo solar natural. Em Lisboa (~9° O), cada grau de longitude vale cerca de 4 minutos; por isso, no inverno (UTC+0) o meio-dia solar ocorre por volta das 12h36. No verão (UTC+1), cai perto das 13h36, o que mostra como as manhãs ficam mais escuras. Nos Açores (UTC−1 no inverno) a lógica é a mesma: o horário de inverno é o que melhor acompanha o Sol.

Dicas rápidas

  • Ativa “data e hora automáticas” no telemóvel.
  • Ajusta os relógios analógicos em casa.
  • Com miúdos, antecipa 15–20 minutos a hora de deitar nos dias anteriores para uma transição mais suave.

Veja também:

Portugal reforça controlo fronteiriço com sistema biométrico
Energia solar declarada a fonte de energia mais barata

Fonte oficial:
Observatório Astronómico de Lisboa