Falha na COP30 seria “muito mau sinal”, avisa ministro do Ambiente português

Governante sublinha que o planeta “já não tem margem para falhas” e apela a compromissos concretos na conferência climática da ONU no Brasil

O ministro do Ambiente português deixou um alerta claro: se a COP30, a próxima conferência das Nações Unidas sobre o clima, falhar, isso será um “muito mau sinal” para o futuro coletivo da humanidade.

Em declarações à margem de um encontro europeu sobre transição energética, o governante frisou que “não há mais espaço para discursos sem ação”. A COP30, que se realizará em 2025 na cidade brasileira de Belém do Pará, é vista como uma oportunidade decisiva para recuperar a confiança internacional na luta contra as alterações climáticas.

“O planeta já não tem margem para falhas. Se a COP30 não produzir resultados concretos, estaremos a comprometer as próximas gerações”, afirmou o ministro, sublinhando a urgência de decisões políticas firmes.

Portugal tem procurado manter um papel ativo no debate climático, nomeadamente no reforço das energias renováveis e na redução de emissões. Mas, para o titular da pasta do Ambiente, o desafio vai muito além das fronteiras nacionais: “O nosso esforço só fará sentido se for acompanhado por compromissos reais a nível global.”

O ministro lembrou ainda que o país pode ser uma “ponte de diálogo” entre a Europa e os países de língua portuguesa, contribuindo para aproximar agendas ambientais e sociais.

Especialistas alertam que um eventual fracasso da conferência colocaria em risco o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C, comprometendo décadas de negociações internacionais e agravando fenómenos extremos como secas, incêndios e cheias.

Veja também:
Banco de Portugal revê em alta crescimento económico para 2025
Portugal Football Summit arranca com Ceferin e líderes da UEFA

Fonte oficial:
Nações Unidas – COP30