INEM 24 horas: dois helicópteros já operam; terceiro para semana

Bases de Évora e Loulé passam a H24 a 20 de outubro; Macedo avança nos próximos dias e Viseu até 1 de novembro

O INEM 24 horas sai do papel e chega ao terreno. As bases de Évora e Loulé passam a operar 24 horas por dia a partir de 20 de outubro, garantindo missões também durante a noite. Um terceiro helicóptero deverá juntar-se na próxima semana, com a operação completa prevista até 1 de novembro. A medida cumpre o contrato, ainda que com atraso face ao calendário inicialmente anunciado.

O reforço do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM) permite já dois meios aéreos em regime contínuo no Sul. Macedo de Cavaleiros mantém, para já, 12 horas diárias, enquanto conclui o treino necessário para a expansão noturna. Em Viseu, o objetivo é chegar ao H24 até 1 de novembro, quando as quatro aeronaves — de médio porte e com capacidade para incubadoras — deverão estar plenamente operacionais.

A opção por começar pelo Sul é explicada por razões de segurança: no Norte e Centro, o relevo e os obstáculos naturais tornam o voo noturno mais exigente, exigindo formação específica para as equipas. Em paralelo, mantém-se o pano de fundo contratual: o concurso adjudicado à Gulf Med previa quatro helicópteros H24 desde o verão, mas houve derrapagens. Nas últimas semanas, o Tribunal de Contas travou ainda um ajuste direto relacionado com o helitransporte, aumentando a pressão para salvaguardar o serviço dentro das regras e prazos.

No imediato, os ganhos para os doentes são evidentes: menores tempos de resposta em politraumas, AVC e transferências inter-hospitalares urgentes, além de maior previsibilidade para as redes hospitalares em territórios distantes das unidades de referência. Com dois helicópteros H24 e outro a caminho nos próximos dias, o país aproxima-se do desenho contratual pensado para início de novembro.

A vertente financeira tem sido escrutinada. As novas condições contratadas apontam para custos superiores aos do anterior operador, o que torna ainda mais importante que o regime 24 horas fique plenamente ativo em todas as bases — só assim se assegura valor pelo dinheiro público. O objetivo declarado mantém-se: reforçar a segurança do doente e garantir interoperabilidade com os meios terrestres e, quando necessário, com as Forças Armadas.

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Fonte oficial:
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)