Vulcão Kilauea entra em erupção no Havai: sem casas em risco

Nova erupção do Kilauea confirma atividade vulcânica; autoridades monitorizam em permanência

O Vulcão Kilauea voltou a acordar no Havai. A erupção do Kilauea está, para já, confinada a zonas controladas do Parque Nacional dos Vulcões e não há habitações em risco. As autoridades pedem apenas atenção aos gases e às cinzas que o vento possa arrastar.

A atividade começou ao final do dia (hora local) e foi rapidamente detetada pelos sensores do observatório. As fissuras abriram-se dentro da cratera, onde a lava corre incandescente, e os técnicos confirmam que o cenário é, neste momento, contido. É um daqueles episódios em que a natureza mostra força, mas sem entrar em rota de colisão com as comunidades próximas.

Ainda assim, há cuidados a manter. A pluma de dióxido de enxofre pode mudar de direção com o vento e criar neblina vulcânica — a chamada “vog” — que irrita olhos e vias respiratórias, sobretudo em pessoas mais sensíveis. Se o cheiro a enxofre se tornar intenso, a recomendação é simples: reduzir a permanência no exterior e fechar portas e janelas até a pluma se dissipar.

No parque nacional, alguns trilhos e miradouros foram encerrados temporariamente. Os responsáveis sublinham que a curiosidade é natural, mas o perímetro de segurança não é decorativo: vedações e sinalização existem para manter visitantes longe de zonas instáveis. Drones recreativos continuam proibidos em espaço aéreo restrito, para não interferirem com helicópteros de monitorização e recolha de imagens térmicas.

O Kilauea tem um histórico de ciclos: períodos mais tranquilos seguidos de surtos que podem durar dias ou semanas. Por isso, a palavra de ordem é vigilância. As equipas do observatório e da proteção civil mantêm instrumentos no terreno e atualizam, em tempo real, os mapas de perigos — desde a extensão das escoadas à altura das colunas de gás. Se algo mudar de forma significativa, novos avisos serão emitidos sem demora.

Para os residentes, o impacto deverá fazer-se sentir sobretudo na qualidade do ar e no acesso a algumas áreas de lazer. Para quem visita, o conselho é planear com margem: verificar avisos oficiais antes de sair, levar água e roupa adequada, respeitar instruções no local e evitar aglomerações em miradouros. Ver lava é uma experiência inesquecível; fazê-lo em segurança é a diferença entre uma boa memória e um susto desnecessário.

Em síntese, o Vulcão Kilauea está ativo, sem casas ameaçadas neste momento, e a vida na ilha prossegue com prudência. A natureza reclama o seu espaço; cabe-nos observá-la com respeito, informação atualizada e bom senso.

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Fonte oficial:
U.S. Geological Survey – Hawaiian Volcano Observatory