Organizações exigem fim do bloqueio a Gaza e entrada de ajuda humanitária
A Marcha pela Palestina voltou a encher o centro de Lisboa este domingo, 19 de outubro. Mais de um milhar de pessoas juntou-se para pedir o fim do bloqueio a Gaza e a entrada urgente de ajuda humanitária. A Marcha pela Palestina decorreu de forma pacífica e terminou com a leitura de um manifesto conjunto.
Ruas cheias, velas acesas e cartazes simples deram o tom a uma tarde marcada pela ideia de cuidado e urgência. Entre quem veio em família, estudantes e voluntários de várias ONG, repetia-se a mesma mensagem: proteger civis e garantir que a ajuda chega a tempo a quem precisa.
A mobilização juntou organizações de direitos humanos, ambientais e humanitárias. Amnistia Internacional, Greenpeace, Médicos Sem Fronteiras e Fundação José Saramago, entre outras, assinaram um manifesto comum. O texto pedia corredores seguros, abastecimento de combustível, água e medicamentos, e o respeito pelo direito internacional humanitário.
Ao longo do percurso ouviram-se palavras de ordem curtas, fáceis de acompanhar, alternadas com momentos de silêncio. Havia quem partilhasse testemunhos de missões no terreno e quem se limitasse a caminhar em silêncio, de vela na mão. A imagem dominante foi a de uma cidade a dizer “presente” sem ruído excessivo.
No final, os organizadores apelaram a que Portugal use a sua voz nas instâncias europeias e internacionais para desbloquear a entrada de ajuda e reforçar mecanismos de proteção de civis e trabalhadores humanitários. Sugeriram também iniciativas locais: debates em escolas, recolhas de bens e ações de sensibilização em associações de bairro.
Ficou a promessa de novas datas e formatos — não só marchas, mas conversas abertas e campanhas de doação. A ideia é simples: manter o tema vivo, fazer pontes e transformar a empatia de um domingo à tarde em ação continuada.
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Fonte oficial:
• Amnistia Internacional Portugal